quinta-feira, janeiro 31, 2008

"Idéias de Ordem na Poesia Norte-Americana Contemporânea"



Acabo de saber, pela Marjorie Perloff, crítica americana que entrevistei novamente depois de 17 anos (!), que foi publicado, no ano passado, pela editora alemã Königshausen & Neuman, o livro Ideas of Order in Contemporary American Poetry, editado por Diana von Finck e Oliver Scheiding:. A peça que abre o livro, para minha surpresa, é a longa entrevista que o antologista, poeta e tradutor americano JEROME ROTHENBERG me concedeu há oito anos para a revista Medusa, que eu co-editava: "O Futuro da Poesia na Era do Computador".

O link da editora é http://www.koenigshausen-neumann.de/

Mais detalhes também aqui:

http://www.buchhandel.de/detailansicht.aspx?isbn=978-3-8260-3652-1

A versão inglesa está na íntegra. O livro acabou de cair na minha mão e examina aspectos experimentais da poesia americana contemporânea desde os anos 80, pós-L=A=N=G=U=A=G=E, trazendo ensaios sobre as obras de Charles Bernstein, John Cage, David Antin, Jorie Graham, Lisa Jarnot, entre outros. Quem quiser ler o ensaio introdutório à obra do grande Jerome, além de sua entrevista e uma seleção de traduções que fiz da antologia Técnicos do Sagrado, é só clicar no link aqui:http://paginas.terra.com.br/arte/PopBox/roth

Em certo trecho da entrevista, Rothenberg diz:

“A questão das revoluções da palavra e de como hoje elas poderiam existir me leva de volta à sua primeira pergunta: o futuro da poesia na era do computador. Eu insistiria – mas com limitações postas sobre essa urgência – que o globalismo da internet abre a possibilidade de uma vanguarda mundial. Mas as limitações, dado o domínio do inglês e outras línguas hegemônicas, envolvem a ameaça a particularidades culturais e regionais. Contra isso, a internet talvez ofereça uma nova arena para modos visuais, performáticos e interativos, movendo-se (às vezes, pelo menos) em múltiplas direções culturais. O número de sites e home pages na rede é de fato tão imenso, que ao observar o trabalho experimental já engatilhado – a facilidade técnica em sua construção – fica-se com a sensação de um futurismo que chegou a seu futuro”.

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