sexta-feira, dezembro 16, 2011

HARRY HOUDINI



"A maior fuga de todas foi quando escapei de Appleton, Wisconsin"

quinta-feira, dezembro 15, 2011

UM POEMA PARA O DESERTO


UM POEMA PARA O DESERTO



com seus rios secos desde o começo

com sua sede sonora

com o sal que não pergunta

do sentido

deste paraíso perfeito

templo sem vozes

do sol que se deita

olho de um sábio egípcio

um oásis

onde o céu

se amplia e revela

uma íris, ou quase,

e a metade da lua

magnifica

uma lágrima minha

fixando

o som misterioso dessas rochas e pessoas

automóveis deslocando seus vazios

sob o fog azul da luz no sul

o trânsito pesado e veloz

o stress das consoantes

o desdobrar da seda

o cheiro do fumo e de café africano

sensação imprecisa, pedra preciosa

que celebra

a tarde que dura, suprema,

em sua dimensão paralela

o mar invisível que se quebra

manso

aqui

onde não há água.

Não há margens, nem miragens.

mas cedo ou tarde descobrimos

o que este outono

tem para nos dizer:

— cores, peles, percepções —

tempo de silêncio

flutuando agora no ar

fazendo

bolhas na superfície

de um céu que é mais além





                                                  RODRIGO GARCIA LOPES
                                                Arizona, 1991

                                              (Em Solarium, Iluminuras, 1994)

terça-feira, dezembro 13, 2011

AMOR DEPOIS DE AMOR (Derek Walcott. Tradução: Rodrigo Garcia Lopes)

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AMOR DEPOIS DE AMOR


Vai vir o tempo
em que você, orgulhoso,
vai saudar a si mesmo chegando
à sua própria porta, em seu próprio espelho,
e vão trocar sorrisos de boas-vindas,

você vai dizer, sente-se. Coma.
Vai amar o estranho que um dia você foi.
Dê vinho. Dê pão. Devolva seu coração
pra ele mesmo, o estranho que o amou

por toda a sua vida, e a quem você ignorou
por outro alguém, que o conhece de cor.
Pegue da estante as cartas de amor,

as fotografias, as anotações desesperadas,
descasque seu reflexo do espelho.
Sente-se. Sirva-se da vida.






DEREK WALCOTT
(Tradução: Rodrigo Garcia Lopes)

segunda-feira, dezembro 12, 2011


 EL HOMBRE                                                           EL HOMBRE

It’s a strange courage                                                   Estranha coragem
you give me ancient star:                                             você me dá, estrela antiga:

Shine alone in the Sunrise                                          Cintila sozinha na aurora
toward which you lend no part!                                 Com a qual você não briga!


William Carlos Williams  (Trad. Rodrigo Garcia Lopes)

sábado, dezembro 10, 2011

PRELÚDIO AO INVERNO (William Carlos Williams trad. Rodrigo Garcia Lopes)



PRELÚDIO  AO INVERNO


A mariposa sob o beiral

com asas como a casca

de um tronco, simetrica-

mente em repouso —


E o amor é uma coisa

de asas suaves e curiosa

imóvel sob o beiral

quando folhas caem.

 

Prelude to Winter


The moth under the eaves
with wings like
the bark of a tree, lies
symmetrically still—

And love is a curious
soft-winged thing
unmoving under the eaves
when the leaves fall.

WILLIAM CARLOS WILLIAMS
Tradução: Rodrigo Garcia Lopes


terça-feira, dezembro 06, 2011

O CARRINHO DE MÃO VERMELHO (de William Carlos Williams trad. Rodrigo Garcia Lopes)


THE RED WHEELBARROW    O CARRINHO DE MÃO VERMELHO

so much depends                        tanto depende de
upon                                              vê-lo

a red wheel                                  carrinho de mão
barrow                                          vermelho

glazed with rain                         vidrado com gotas
water                                             de chuva

beside the white                          e algumas galinhas
chickens.
                                      brancas.



WILLIAM CARLOS WILLIAMS
Tradução: Rodrigo Garcia Lopes

segunda-feira, dezembro 05, 2011



flores da ameixeira
ontem não estavam 
nem aí

sexta-feira, dezembro 02, 2011

UMA ESPÉCIE DE CANÇÃO (William Carlos Williams trad. Rodrigo Garcia Lopes)





Que a serpente espere sob
suas ervas daninhas
e a escrita
feita de palavras, lentas e rápidas, pronta
pro ataque, à espreita e quieta,
desperta.

pela metáfora reconciliar
pessoas e pedras.
Compor. (Ideias tão só
nas coisas). Inventar!
Saxífraga é minha flor que racha
as rochas.


A SORT OF SONG

Let the snake wait under
his weed
and the writing
be of words, slow and quick, sharp
to strike, quiet to wait,
sleepless.

 
– through metaphor to reconcile
the people and the stones.
Compose. (No ideas
but in things) Invent.  

Saxifrage is my flower that splits
the rocks.




WILLIAM CARLOS WILLIAMS
Tradução: Rodrigo Garcia Lopes

À sombra da velha macieira
a cabeça cheia de silêncio
o silêncio cheio do mundo
afundo num volume de Newton
e fundo o
FRUTURISMO

quarta-feira, novembro 30, 2011

Rodrigo Garcia Lopes em pocket-show na Rádio Uel

No estúdio da Rádio Uel, gravando o Trem das Onze. Foto Renata Cabrera
O programa foi ótimo, capitaneado por Jersey Gogel e Rogério Cavalcanti com produção da Renata Cabrera. Eu (voz e violão), acompanhado de André Siqueira (violão e baixo). Uma hora ao vivo de canções, bate-papo sobre música, poesia etc.
O link do programa de hoje é:

http://www.uel.br/uelfm/arquivo.php?id=8151

segunda-feira, novembro 28, 2011

SHOW AO VIVO NA RÁDIO UEL FM

Nesta quarta, ao vivo, Rodrigo Garcia Lopes e André Siqueira fazem um pocket show na Rádio UEL FM (107.9). Será das 11 da manhã ao meio-dia, no programa Trem das Onze

Rodrigo toca algumas canções que farão parte de seu próximo CD e conversa com o pessoal do programa. No repertório, músicas de seu primeiro disco ("Polivox"), como "Mulher da Multidão", "Ruído do Vidro", e inéditas como "Adeus" (parceria com Paulo Leminski), "Álibi", "Quaderna", entre outras.

** LINK da Rádio na rede:
http://www.uel.br/uelfm/arquivo.php?id=8052

Rádio UEL FM: 107.9

quarta-feira, novembro 23, 2011

UM POEMA






traída pelo
vento de inverno

a bela
borboleta

lenta- (asa
flor fluindo)
mente

caindo sobre
um rio
congelado

(amargo é
voar

tão longe
pra morrer:

melhor voar pra sempre)



Rodrigo Garcia Lopes (do livro inédito Estúdio Realidade)

sexta-feira, novembro 18, 2011

Um poema de NÔMADA


amar                  você                              silen
ciosa                  mente           ,         saber há
quanto              tempo                          tento
dizer ao              vento :                        entre



rodrigo garcia lopes (em nômada, Lamparina, 2004)

terça-feira, novembro 08, 2011

LANÇAMENTO: MORADAS DE MORFEU





Moradas de Orfeu é uma antologia de 59 poetas do sul do Brasil.  São 59 linguagens reunidas numa tentativa de evidenciar o exercício poético produzido na atualidade. Trata-se da reunião das novas vozes poéticas que habitam     os estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande de Sul.

SANTA CATARINA

Alckmar dos Santos, Antonio Carlos Floriano, Bento Nascimento, Cristiano Moreira, Dennis Radünz, Fernando José Karl, Heron Moura, Marcelo Steil, Marinaldo da Silva e Silva, Mauro Faccioni Filho, Mauro Galvão, Patrícia Hoffmann, Ramone Abreu Amado, Raquel Stolf, Renato Tapado, Rubens da Cunha, Ryana Gabech, Valdemir Klamt, Vicente Cechelero e Vinícius Alves


PARANÁ

Ademir Assunção, Ademir Demarchi, Adriano Smaniotto, Beatriz Bajo, Edson Falcão, Fernando Koproski, Jussara Salazar, Karen Debértolis, Luci Collin, Marcelo Sandmann, Marcio Davie Claudino, Marco Aurélio Cremasco, Marcos Losnak, Marcos Prado, Mario  Domingues, Ricardo Corona, Rodrigo Garcia Lopes, Rodrigo Madeira e Vinícius Lima

RIO GRANDE DO SUL

Carlos Besen, Celso Gutfreind, Claudio Cruz, Deise Beier, Denise de Freitas, Diego Petrarca, Guto Leite, Jaime Medeiros Jr., Jaime Vaz Brasil, Jorge Bucksdricker, Lau Siqueira, Marco de Menezes, Paulo Scott, Rafael Carvalho Meireles, Ricardo Silvestrin, Ronald Augusto, Ronaldo Machado, Sidnei Schneider, Telma Scherer e Vitor Biasoli

Serviço

Moradas de Orfeu, de Marco Vasques,
Editora Letras Contemporâneas,
Poemas, 650 pg. Distribuição gratuita no dia do lançamento.

CHIYO-NI por Julio Plaza & Alice Ruiz


Chiyo-ni (1703-1775), poeta japonesa. Traduzida por Alice Ruiz em Céu de Outro Lugar (Editora Expressão, 1985). Um belo exemplo de tradução intersemiótica. Acho uma das coisas mais resolvidas em termos de palavra e imagem que eu conheci. A poesia se amplia, a mente também, e tudo é ótimo.
 

segunda-feira, outubro 31, 2011

SLOGAN









DESPISTAR O PENSAR

DESPREZAR O PESAR

DESPERTAR O PRAZER












rodrigo garcia lopes, em polivox, azougue, 2001)

sábado, outubro 29, 2011

Um poema de NÔMADA




Escrevo como quem respira
Das palavras seu aroma.
Cada sílaba, simultânea, me doma
E, decidida, te admira.

E atinge o coração da página
Certo branco teu que contém
O néctar do silêncio e seu desdém
Por coisas que nem o poema imagina.



(Rodrigo Garcia Lopes, Nômada, Lamparina 2004)

domingo, outubro 09, 2011

SHOW NO PSIU POÉTICO

Back and back again. A partir de terça participo, com uma intervenção e um pocket show, do festival PSIU POÉTICO, evento que há 23 anos o poeta Aroldo Pereira agita em Montes Claros, norte de Minas Gerais. A programação completa aqui:

segunda-feira, setembro 26, 2011

NESTA QUINTA EM SAMPA: SHOW CANÇÕES DE NÓS MESMOS NO SESC/CONSOLAÇÃO

Nesta quinta acontece em Sampa o show "Canções de Nós Mesmos” (uma homenagem a Walt Whitman), no Sesc Consolação, (29). A formação é esta: Rodrigo Garcia Lopes (voz e violão), André Siqueira (violão, baixo, guitarra) e Rodrigo Serra (bateria e percussão). A apresentação integra o projeto Experiências Poéticas Inusitadas. Às 19h30, área de convivência. Grátis.

O projeto rolou nas últimas semanas, sempre às quintas-feiras.



terça-feira, setembro 20, 2011

NESTA QUINTA: CANÇÕES DE NÓS MESMOS NO LONDRIX

OS MENSAGEIROS (Sylvia Plath / tradução Rodrigo Garcia Lopes e Cristina Macedo)

OS MENSAGEIROS

 

Palavra de lesma em prato de folha?
Não é minha. Não a aceite.

Ácido acético em lata selada?
Não o aceite. Não é genuíno.
 
Anel de ouro e nele o sol?
Mentiras. Mentiras e uma dor.
 
Geada numa folha, o imaculado
Caldeirão, estalando e falando
 
Sozinho no topo de cada um
Dos nove Alpes negros,
 
Um distúrbio nos espelhos,
O mar estilhaçando seu cinza ---
 
Amor, amor, minha estação.




SYLVIA PLATH
Tradução: Rodrigo Garcia Lopes e Cristina Macedo
Em Ariel (Verus, 2007)

sexta-feira, setembro 16, 2011

BIOTÔNICO

É o programa que o poeta Celso Borges faz com o grande Zeca Baleiro e Otávio Rodrigues na Uol. Na edição 37, a voz lírica de Zezé Gonzaga, Thomas Mapfumo e o swing do Zimbabwe, poesia e música com Rodrigo Garcia Lopes (interpretando "O Assinalado", blues post-mortem com Cruz e Souza), Alceu Valença no tempo do alto-falante e da perna de pau

LINK:http://www.radio.uol.com.br/#/programa/biotonico

B I O T Ô N I C O

FARMACÊUTICOS RESPONSÁVEIS
Celso Borges, Otávio Rodrigues e Zeca Baleiro
QUÍMICO
Leonardo Shina
FALE COM NOSSO LABORATÓRIO
radiobiotonico@uol.com.br

quinta-feira, setembro 15, 2011

ERÓTICA DAS SOMBRAS (poema de Visibilia, 2 ed. revista)



Erótica das Sombras


Lendo na contraluz que o tempo alucina
Nas rótulas de ondas que em amarelo artéria barbarizam
Enquanto a boca apressa, sibilina,
entre sons (devorados de sentidos). Içam

o mar vertiginoso e kanjis de nuvens
nos olhos cheios de deus, Sal.
No biombo das montanhas — rugem
No sfumatto mental da fala e do Caos.

Na textura sépia da superfície de sons
Uma face letal lateja e se transmuta
(Estátua de estrondos, trilha de acenos)

Muda e nos sorri. Escuta
os espelhismos cifrados da manhã,
Lábio, na pele da romã.



Rodrigo Garcia Lopes (de Visibilia, editora Lamparina)

terça-feira, setembro 13, 2011

OUT DOORS, POEMS

Pelo terceiro ano, o Festival Literário de Londrina – Londrix realiza uma campanha que espalha poesia pelas ruas da cidade. Nesta terça-feira (13), Londrina amanheceu com vários outdoors - distribuídos em 11 locais diferentes - com textos de Ademir Assunção, Alexandre Horner, Bernardo Pellegrini, Bete Ghisleni, Diego Navarro, Karen Debértolis, Nelson Capucho, Neuzza Pinheiro, Rodrigo Garcia Lopes e também de Paulo Menten (homenageado do Festival em 2011) e Mário José Romagnolli.


sexta-feira, setembro 09, 2011

ANATOMIA DA RIMA, poema inédito de Rodrigo Garcia Lopes

ANATOMIA DA RIMA
 
 
 
Não existem rimas pobres.
Todo som, sim, é artifício
que o tempo atrita e consome.
Vento metafísico, isto 
que nos cobre, palavra
soprando de Provença
ou greta na rocha, resma
de avenca que avança —
repetição na diferença.
Tudo rima com alguma 
coisa, contanto não seja rara
Naja desnuda penumbra
Ou pegue de raspão, toante,
as palavras que instantes antes,
eram caligrafia da fala,
espécie de fada, cabala.
 



RODRIGO GARCIA LOPES
(Poema inédito do livro Estúdio Realidade)

terça-feira, setembro 06, 2011

Cantigas de "Chapeuzinho Vermelho"

CHAPEUZINHO VERMELHO


Uma pérola de nosso cancioneiro "folk", de Braguinha.
CHAPEUZINHO VERMELHO
(Chapeuzinho)
 
Pela estrada fora eu vou bem sozinha
Levar esses doces para a vovozinha
Ela mora longe e o caminho é deserto
E o lobo mau passeia aqui por perto
Mas à tardinha, ao sol poente
Junto à mamãezinha dormirei contente
 
...


(Lobo Mau)
 
Eu sou o lobo mau, lobo mau, lobo mau
Eu pego as criancinhas pra fazer mingau
Hoje estou contente, vai haver festança
Tenho um bom petisco para encher a minha pança
 
...


(Caçadores)
 
Nós somos os caçadores e nada nos amedronta
Damos mil tiros por dia, matamos feras sem conta
Varamos toda floresta, por mares e serranias
Caçamos onça pintada, pacas, tatus e cotias
 
...


(Chapeuzinho)
 
O lobo mau já morreu, agora estamos em festa
Posso brincar com as crianças
E passear na floresta



BRAGUINHA

sábado, agosto 27, 2011

SOBRE VERTIGEM (na Folha de Hoje)

ENTREVISTA - Rodrigo Garcia Lopes

O público em geral pode consultar a agenda de shows de fim de semana e pensar: ''deve ser um cantor de MPB''. Como você definiria ou descreveria o espetáculo para quem não conhece o seu trabalho?

Rodrigo Garcia Lopes: Definiria-me como um ''cantautor'', um compositor que interpreta e canta suas próprias canções. Claro que ao longo dos anos a gente vai melhorando na interpretação, na execução do instrumento, e vai ganhando mais cancha. Mas longe de mim me apresentar como ''um cantor de MPB''. Também não faço covers. ''Ninguém Melhor que Ela'', a versão ''Nobody Does it Better'', sucesso na voz da Carly Simon em 77, que apresento no show, é de autoria de Marvin Hamlisch, que autorizou na semana passada que eu gravasse minha versão para o português. É o mesmo caso de ''Betty Blue'', da trilha sonora do filme homônimo e que virou um afoxé meio bossa-nova na minha versão.

Qual a importância da letra em suas canções?

Total, sempre em harmonia e simbiose com a harmonia, com a melodia. E eu também gosto de transitar num território bastante interessante da canção, que é essa interrelação entre palavra, música e voz. Creio que o fato de ser poeta faz com que minhas letras tenham carga poética que não costuma se ver muito na chamada música pra tocar no rádio. É minha responsabilidade como poeta aumentar a carga poética das canções, que é pelo menos o que procuro fazer nas minhas.

Vai mostrar músicas inéditas no show?

O repertório traz canções recentes que estarão em meu segundo disco, como a balada ''Vertigem'' (inspirada no filme homônimo de Alfred Hitchcock e no poema ''Ismália''), o blues ''Cerejas'' e a jazzística ''Quaderna''. Também fazem parte do show parcerias com o compositor londrinense Bernardo Pellegrini (''Caramujo''), com Paulo Leminski (''Adeus''), Gabriel Yared (''Betty Blue''), Vitor Ramil (''Espaço''), além de uma versão para ''Nobody Does it Better'', de Marvin Hamlisch e Carol Bager (''Ninguém Melhor que Ela'', trilha sonora do filme ''007- O Espião que Me Amava'' (1977).

Você já começou a gravar o novo CD?

Ele foi aprovado, depois de duas tentativas, pela Comissão Independente do Promic, para ser gravado ainda este ano. É um disco quase 100 por cento de canções minhas, inéditas, além das parcerias citadas e outras com Mauricio Arruda Mendonça e Neuza Pinheiro. Também contará com a participação de outros artistas da cidade, como o próprio André Siqueira.

quinta-feira, agosto 25, 2011

VERTIGEM NO VALENTINO

VERTIGEM (Um Corpo que Cai)   (Rodrigo Garcia Lopes)


A escada em caracol que sobe pro céu
E uma mulher em pânico na torre

Quer se matar no mar do amor
Como Ismália
Não mora mais em sua memória
Nem em nenhum lugar

Mas ele a persegue
E a quer salvar
Mas a cada passo um zoom
O atordoa
Vertigem...

O filme volta atrás em busca do seu corpo que cai
Tempos depois a encontrará
na carne de outra tarde

Mas o mistério da mulher
que o enlouqueceu de amor
ficou na torre a sonhar
enquanto bebia o mar da

Vertigem...


VERTIGEM


VERTIGO. 1520, do latim vertigo, "sensação de desequilíbrio”, “tontura”, originalmente "um movimento girante ou espiralante", oriunda da palavra verter "virar" (ver verso). Online Etymology Dictionary

O poeta, compositor e tradutor Rodrigo Garcia Lopes e o multi-instrumentista André Siqueira apresentam o show Vertigem, dia 28, no Valentino


        Neste show Rodrigo Garcia Lopes apresenta canções de seu primeiro CD, Polivox (2001), e músicas inéditas que farão parte do seu segundo disco, Canções do Estúdio Realidade. No repertório, canções recentes compostas por ele, como a balada “Vertigem” (inspirada no filme homônimo de Alfred Hitchcock e no poema “Ismália”), o blues “Cerejas” e a jazzística “Quaderna”. Também fazem parte do show parcerias com o compositor londrinense Bernardo Pellegrini (“Caramujo”), com Paulo Leminski (“Adeus”), Gabriel Yared (“Betty Blue”), além de uma versão para “Nobody Does it Better”, de Marvin Hamlisch / Carol Bager (“Ninguém Melhor que Ela”, trilha sonora do filme 007-O Espião que Me Amava (1977). Baseado no violão vigoroso de Rodrigo e no diálogo com o talento de André Siqueira, o espetáculo firma um diálogo entre a música e a poesia, a canção brasileira e experimentos sonoros diversos. Vertigem traz, num mesmo contexto, a diversidade sonora e riqueza poética, ao explorar a relação entre som e sentido, a interrelação entre palavra, música e voz, abrigando linguagens e universos que vão do afoxé (“Betty Blue”) ao blues, da música trovadoresca (“Sobre um Ditado Antigo”) ao jazz (“Fugaz”, “Mulher da Multidão”), do reggae (“Ruído do Vidro”) ao funk (“New York”, “Clique, Plugue, Ligue”).

       Rodrigo Garcia Lopes (voz, violão), sobe ao palco do Bar Valentino acompanhado por André Siqueira (violão, baixo e guitarra).

Nome do show: Vertigem
Com: Rodrigo Garcia Lopes (voz, violão) e André Siqueira (violão, baixo, guitarra)
Data: 28  agosto de 2011
Horário: a partir das 21:30 horas
Local: Bar Valentino (Casinha)
Duração: 60 minutos

SOBRE OS ARTISTAS
RODRIGO GARCIA LOPES é poeta, compositor, cantor e violonista. O londrinense é um dos editores da revista Coyote e autor de 12 livros (poesia, entrevistas, traduções). Seu primeiro CD foi Polivox (independente). Em 2001 teve seu poema "Stanzas in Meditation" incluído na antologia Os Cem Melhores Poemas do Século Vinte (Objetiva). É parceiro de músicos como Bernardo Pellegrini, Maurício Arruda Mendonça, Paulo Leminski, Neuza Pinheiro e Madan, e vem se apresentando em recitais de poesia e shows de música por várias cidades brasileiras.
 Página no Myspace: www.myspace.com/ogirdor2009
2º Prêmio Syngenta de música instrumental de Viola, etapa de Belo Hori em My Photos por
Músico, compositor, arranjador, produtor e multi-instrumentista (flautas, guitarra elétrica, violões, viola caipira, contrabaixo e guitarra portuguesa), a trajetória de ANDRÉ SIQUEIRA é composta por experiências diversas em cultura popular e por pesquisas em música contemporânea. Atuou como produtor, diretor musical e arranjador nos trabalhos de Déa Trancoso, Luca Bernar, Pereira da Viola, Rodrigo Delage, Rubinho do Vale, Titane, Wilson Dias e Zeca Collares, além de seu próprio trabalho como compositor e instrumentista, no qual música brasileira e improvisação surgem como elementos principais. Recentemente foi selecionado pelo programa Rumos Itaú Cultural / Música, na categoria Coletivo, no biênio 2010-2012. Já dividiu o palco com Almir Sater, Paulo Freire, entre outros. Em 2003 lançou o CD Lithos (instrumental, 2003) e atualmente prepara seu segundo disco. Página no Myspace: www.myspace.com/andresiqueiraquarteto