Um homem varre folhas
e as amontoa, em pilhas, no quintal
& se apóia em seu rastelo &
queima tudo.
O perfume enche a floresta
crianças param & atentam para
o perfume que um dia
vai virar nostalgia.
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Explosão de pássaros
Aurora
Sol acaricia os muros
Um velho sai do Cassino
Um jovem lendo pára
A caminho de um jardim
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O Medo é uma varanda onde ventos
escorregam pelo Norte
Um rosto na Janela que
vira uma folha
Águia intuindo seu desastre
Mas pairando com charme sobre
Um coelho brilhando na noite.
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Essa é minha floresta
Essa é minha floresta
mar de arames.
Esse bando de visão
é minha chama.
Essas árvores são pessoas,
os engenheiros.
Uma tribo de caipiras
em seu domingo de folga.
Deuses -- os diretores,
Câmeras, centauros
gregos na grua,
deslizando c/ graça
silenciosa e móvel.
Em minha direção --
um palhaço saltitante
No imenso olho do
Sol.
Grande perigo ali,
dobra de coxa.
O dedo vingador --
senhor.
JIM MORRISON
Tradução: Rodrigo Garcia Lopes
3 comentários:
são ótimos!!!!!
Rodrigo, gosto da música dos Doors, mas sempre achei os poemas do Morrison meio irregulares. No entanto, que belo poema este último por vc traduzido!!!!!! Um primor esse mix de pensamento mágico e mundo tecno-moderno: ele fez muito bem o dever de casa dos poetas modernos que prezam esse nome.
Abraço e longa vida,
Sandro
Belas traduções!
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