Os
à velocidade do tempo ele confere
o além de sua própria pele
entre tatuagens de fome. Se atreve
em insistir sentir dor, algum
odor de penhasco ou penumbra
no corpo em silêncio que se afasta
enquanto penetra sua própria face.
Num
como dedos
no vazio de seu segredo.
Carregamos o
Criança, dois traços verticais eram pessoas.
Imagens se abrem, vazias, como biombos.
O que estava escrito na grama dos eventos.
Chegamos aqui, no entanto estamos em movimento.
contraplongée
Rebatimento de
voz no espelho como ausência de silêncio
que não existe, bolhas na superfície
dessa face, água tão pouca.
zoom
A
O que se move é o percebido
(formiga na folha de capim
dedos roçando o corpo morno
bem-te-vi furando o silêncio da manhã
o vôo do pequeno falcão
o verde visível tremulando contra o azul
sua face inclinada olhando a parede)
As coisas existem agora porque estamos aqui.
Quando não estivermos mais, continuarão existindo,
Mas sem seu amante para lhe dar ainda mais sentido.
Os instantes, sem as coisas, não são nada.
Pássaros debandam, não sei como chamá-los.
A voz, admitindo fracasso, se afasta mas deixa seus rastros.
Um comentário:
Poema envolvente e denso.
Gostei.
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