sábado, setembro 23, 2006

OSTRANENIE, a road poem

Pego nessa estranha lógica do mundo
Peço carona para a família de malucos
Que tem como hobbies mais esdrúxulos
Não contar as horas, só contar os cucos,
Trocar beijos como quem troca socos,
Praguejar como um bando de marujos
E tomar na cara achando que é soluço.
Perguntam a meu nariz se estamos juntos
Rasuram paisagens, comem presunto,
Depois falam falam falam como loucos
Até ficarem sem voz e sem assunto.
Desço, em algum antigo vilarejo russo.

6 comentários:

Thiago Luz Raft disse...

acossado.

Roberto Prado disse...

A ostranenie engendrou um colar de pérolas.

Miração e alumbramento: lendo o poema, a gente parece estar na estrada com as suas criaturas.

Rodrigo garcia Lopes disse...

beleza, roberto, que voce curtiu,
vamos nessa!
araço
r

Nonato Gurgel disse...

Bom achar esse teu blog. Maravilha de texto. Abraço, leonardo gandolfi.

Anônimo disse...

Eae Rodrigo, tudo belezz? Estava pesquisando a palavra 'ostranenie' [tenho fixação por] e caí no teu blog. Linkei no meu, vê lá.
abrazzz
RB

Rodrigo garcia Lopes disse...

fala, bressane! espero que tenha curtido londrina~!
granbde abraço
rodrigo