Escrevo como quem respira
Das palavras seu aroma.
Cada sílaba, simultânea, me doma
E, decidida, te admira.
E atinge o coração da página
Certo branco teu que contém
O néctar do silêncio e seu desdém
Por coisas que nem o poema imagina.
(Rodrigo Garcia Lopes, Nômada, Lamparina 2004)
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