ANATOMIA DA RIMA
Não existem rimas pobres.
Todo som, sim, é artifício
que o tempo atrita e consome.
Vento metafísico, isto
que nos cobre, palavra
soprando de Provença
ou greta na rocha, resma
de avenca que avança —
repetição na diferença.
Tudo rima com alguma
coisa, contanto não seja rara
Naja desnuda penumbra
Ou pegue de raspão, toante,
as palavras que instantes antes,
eram caligrafia da fala,
espécie de fada, cabala.
RODRIGO GARCIA LOPES
(Poema inédito do livro Estúdio Realidade)
Um comentário:
Salve! Ótimo poema! Mas o que mais me impressiona é que tu também és RODRIGO e LOPES, como eu e como o famoso jornalista. Ainda bem que uso pseudônimo. Abraços!
RODRIGO CÁCERES LOPES, vulgo RODY CÁCERES
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