Palavra de lesma em prato de folha?
Não é minha. Não a aceite.
Ácido acético em lata selada?
Não o aceite. Não é genuíno.
Anel de ouro e nele o sol?
Mentiras. Mentiras e uma dor.
Geada numa folha, o imaculado
Caldeirão, estalando e falando
Sozinho no topo de cada um
Dos nove Alpes negros,
Um distúrbio nos espelhos,
O mar estilhaçando seu cinza -
Amor, amor, minha estação.
SYLVIA PLATH
Tradução: Rodrigo Garcia Lopes e Cristina Macedo, em "Ariel", edição restaurada e bilíngue, com os manuscritos originais. Verus Editora, 2007.
2 comentários:
eu tenho esse livro e adoro esse poema! é diferente dos outros dela. essa chamada que ela faz é bem teatral e é uma delícia declamá-lo!
a Sylva , é uma poeta que me inspira. toda vez q a leio faço um poema...e acontece a mesma coisa qdo leio Ana Cristina Cesar...
Rodrigo, qta gratidão a essas pessoas maravilhosas que deixam suas impressões impressas...e vem de encontro com nossas necessidades... é todo o sentido dos livros... e aos tradutores tbém! graças a ti, li Folhas de Relva ... só agradecimento!
abraço
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