quarta-feira, maio 20, 2009

PAISSAGEM (Rodrigo Garcia Lopes)





Um mapa na tapeçaria deste agora: grão de luz oscila na centelha da palavra noite. Cubo negro. No espaço do olho, ilha, detetive do dentro, dança numa reminiscência de íris, a ciência do acaso tocando sua música abstrata que trata dos segundos e deste corpo que se duplica em sua passagem pelo rebatimento das duas imagens, paralelas, para lê-las. Vem em sua direção mais uma onda, na verdade todo o mar a seu encontro, mas não a tempo de impedir os retornos imprevisíveis de uma imagem de flor num rosto deserto, sol estrondo crepúsculo. Se isso não estivesse acontecendo, nessa vila, sob nuvens, ou mapas fossem nossos próprios corpos ambulantes, como se centelhas se espalhassem como ímãs num espelho que é você.






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