O enigma das
ondas
Rodrigo Garcia
Lopes
152 páginas | 15,5x22,5
ISBN: 978-6-555-19048-9
R$: 53,00
Já em pré-venda na loja virtual da Editora Iluminuras com 40% de
desconto:
https://www.editorailuminuras.
O enigma
das ondas é o
sétimo livro de poemas de Rodrigo Garcia Lopes, um dos mais instigantes e
inquietos poetas brasileiros que vem, desde os anos 80, construindo uma
sólida carreira literária, com vários títulos publicados por esta casa
editorial.
Rodrigo Garcia Lopes traduziu Epigramas, de
Marcial, O navegante (anônimo anglo-saxão), Rimbaud, Whitman,
Apollinaire, tendo apresentado as obras de Laura Riding e Sylvia Plath ao
leitor brasileiro. Também lançou um livro de entrevistas com personalidades da
arte e da cultura norte-americanas, um romance policial, dois álbuns de canções
e coeditou por doze anos a revista Coyote, publicando poetas e
prosadores brasileiros e do exterior.
O
enigma das ondas
revela um poeta em plena maturidade, que reacende a força e a relevância da
poesia, mostrando que ela pode explorar em profundidade, e em registros múltiplos,
a realidade contemporânea e a existência. Em 91 peças, o volume traz poemas
líricos, políticos, críticos, satíricos e reflexivos.
Seus
poemas enfrentam o mundo esteticamente e exibem uma urgência vital em nossos
tempos turbulentos, como em “Selvageria”: “No fim o desembargador era o chefão
de uma milícia assassina / E o incêndio na favela celebrado com fuzis e
buzinas. / Mais cadáveres encontrados na lama da
barragem / E o coronel torturador ganha mais uma
homenagem [...]”. Ou momentos líricos como “Na praia, junho”: [...]
os olhos bordejando as ilhas distantes / antes mastigaram o nevoeiro / nossos
corpos satisfeitos e ainda quentes / lendo as pistas que os detetives noturnos
não seguiram / os pés imprimindo em sua passagem / a sensação de uma
vida acontecendo / limpa como a areia após a onda”.
Poesia como investigação, aventura da palavra, forma de conhecimento do
mundo.
Pela abrangência de questões, pelo esmero estético, O enigma das
ondas é um momento alto da poesia brasileira recente.
Samuel Leon
Nenhum comentário:
Postar um comentário