MOACYR SCLIAR (1937-2011)
"Storm the Reality Studio, and retake the universe" ("Assaltem o Estúdio Realidade, e retomem o universo") WILLIAM S. BURROUGHS
domingo, fevereiro 27, 2011
sábado, fevereiro 19, 2011
TOUCHSTONE
[...]
Um quase nada basta, enfim, que traia
Ao teu olhar agudo,
Para que este deduza, tire, extraia
Daquele quase nada, quase tudo...
[...]
Raimundo Correia (1859-1911, poeta parnasiano brasileiro)
Um quase nada basta, enfim, que traia
Ao teu olhar agudo,
Para que este deduza, tire, extraia
Daquele quase nada, quase tudo...
[...]
Raimundo Correia (1859-1911, poeta parnasiano brasileiro)
NOITES EM BRANCO
NOITES EM BRANCO
Ah, branca página,
branca e pálida vagina,
pele emudecida, papiro sem pátina
onde a cena ainda se imagina
e o mundo parece mágica.
Branca brusca página, albina,
que mão alguma assombra
poente algum assassina
ao mergulhar na penumbra.
Mudo mistério, açucar secreto,
nuvem parada, neblina, refúgio,
praia sem pegadas, neve sem vestígio,
espelho sem imagem, a penetro:
Página que sempre me ensina
(invisível escrita peregrina)
por este labirinto de ecos:
A luz num canto do jardim
contém segredos para mim.
Rodrigo Garcia Lopes (fevereiro de 2011)
segunda-feira, fevereiro 14, 2011
AUGUSTO DE CAMPOS - 80 ANOS
A revista virtual Errática publica hoje um especial em homenagem aos 80 anos do poeta, tradutor e ensaísta AUGUSTO DE CAMPOS.
AQUI:
http://www.erratica.com.br/
A revista Mnemozine também tem um especial dedicado a ele.
ICI:
http://www.cronopios.com.br/mnemozine/
A revista Mnemozine também tem um especial dedicado a ele.
ICI:
http://www.cronopios.com.br/mnemozine/
domingo, fevereiro 13, 2011
EL DUENDE - rodrigo garcia lopes
EL DUENDE
O dia lapida
o lado mais raro
da dor.
A mulher transpira
pelos poros iridescentes
dos dias.
Há dias
em que um homem
tem o tamanho de uma flor.
sábado, fevereiro 05, 2011
SCHÖNBRUNN
SCHÖNBRUNN
Enquanto você espera
meus olhos vazios espanham sombras
pelos bosques de viena
e repletos de algo
que a memória já nem.
Sei que
talvez fosse no entanto
lá mesmo um lugar onde
as palavras perdessem seus sentidos
quando se precipitassem de galhos
cuja visibilidade
tornava-se impossível
depois de tamanha tempestade.
Para nosso espanto.
Rodrigo Garcia Lopes (em Solarium, Iluminuras, 1994)
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