domingo, abril 06, 2008



O OURO outro que gira seu olhar a leste

deste outono de granitos

é dia que acaba (mas não

em nossa mente)

em outra trilha (Noite, Nut,

nosso

Norte).

Portões serão abertos: deuses

hiptonizam lagos

Que se calam, mas falam

Sob águas falsas, sob si, onde toda

mudança está.

As chaves pesam,

paredes se derretem

diante do segredo.

A pressa submerge.

- Tempos e espaços são criados

enquanto passam:

no luminoso, batido pela chuva

magnética, a chama do É & do Não É.

No rádio a voz da lua,

Em espirais de vento & fogo:

Ondas

Pensando-as

(pois ser e pensar são uma coisa só).

Parmênides,

Príncipe das marés,

O ser recua sob nossos pés

Grutas se iluminam

Azuis se espalham

Abraçam a musa Vácuo

Céu e Via Láctea

se beijam

enquanto levitam neste sopro

nessa água que se apaga,

de repente,

num canto da mente.








Rodrigo Garcia Lopes

de Polivox (Azougue Editorial, 2001)

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