O OURO outro que gira seu olhar a leste
deste outono de granitos
é dia que acaba (mas não
em nossa mente)
em outra trilha (Noite, Nut,
nosso
Norte).
Portões serão abertos: deuses
hiptonizam lagos
Que se calam, mas falam
Sob águas falsas, sob si, onde toda
mudança está.
As chaves pesam,
paredes se derretem
diante do segredo.
A pressa submerge.
- Tempos e espaços são criados
enquanto passam:
no luminoso, batido pela chuva
magnética, a chama do É & do Não É.
No rádio a voz da lua,
Em espirais de vento & fogo:
Ondas
Pensando-as
(pois ser e pensar são uma coisa só).
Parmênides,
Príncipe das marés,
O ser recua sob nossos pés
Grutas se iluminam
Azuis se espalham
Abraçam a musa Vácuo
Céu e Via Láctea
se beijam
enquanto levitam neste sopro
nessa água que se apaga,
de repente,
num canto da mente.
Rodrigo Garcia Lopes
de Polivox (Azougue Editorial, 2001)
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