domingo, setembro 30, 2007

De DESTERRA, de Paul Auster


De Unearth (1970-1972)

1

Junto com suas cinzas, as que nem foram

escritas, obliterando

a ode, as raízes excitadas, o olho

forasteirocom mãos imbecis, te arrastaram

pra cidade, te amarraram nesse

de gíria, e não te deram

nada. Tua tinta aprendeu

a violência do muro. Exilada,

mas sempre no coração

do sossego, seu irmão, mendigas as pedras

da terra invisível, e alisa seu lugar

entre os lobos. Cada sílaba

é um trabalho de sabotagem.



Along with your ashes, the barely

written ones, obliterating

the ode, the incited roots, the alien

eye — with imbecilic hands, they dragged you

into the city, bound you in

this knot of slang, and gave you

nothing. Your ink has learned

the violence of the wall. Banished,

but always to the heart

of brothering quiet, you cant the stones

of unseen earth, and smooth your place

among the wolves. Each syllable

is the work of sabotage.

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