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O RUMOR DAS MÁQUINAS CRESCIA
O rumor das máquinas crescia
Na sala contígua: já minha espera
De um adjetivo—ou de teu corpo—não era
Mais que a intenção de encurtar o dia.
A noite que chegava e precedia
O vento do deserto, a certeira
Luz—ou teus pés nus na esteira—
do ocaso, seu tempo suspendia.
Não recordo o amor e sim o desejo:
não a falta de fé, e sim a esfera—
Imagem confrontando seu reflexo
com a textura branca, verdadeira
página—ou teu corpo que inda releio—;
vasto ideograma da primavera.
Tradução: Rodrigo Garcia Lopes
2 comentários:
É maravilhoso viajar nestes textos e nestas imagens estonteantes. Grande abraço Rodrigo.
abraço, nelson
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