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Todas as monstruosidades violentam os gestos atrozes de Hortência. Sua solidão é erótica mecânica, sua lassidão, só dinâmica amorosa. Sob a vigilância de uma infância, ela tem sido, no verão de numerosas épocas, a higiene ardente das raças. Sua porta está aberta à miséria. Ali, a moralidade desses seres atuais se descorpora em sua paixão ou em sua ação. — Ó terrível frisson de amores noviços no chão de sangue e transparente hidrogênio! Encontrem Hortência.
* * *
ARTHUR RIMBAUD
Tradução: Rodrigo Garcia Lopes e Maurício Arruda Mendonça
(Iluminuras, 1994)
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