segunda-feira, setembro 26, 2011

NESTA QUINTA EM SAMPA: SHOW CANÇÕES DE NÓS MESMOS NO SESC/CONSOLAÇÃO

Nesta quinta acontece em Sampa o show "Canções de Nós Mesmos” (uma homenagem a Walt Whitman), no Sesc Consolação, (29). A formação é esta: Rodrigo Garcia Lopes (voz e violão), André Siqueira (violão, baixo, guitarra) e Rodrigo Serra (bateria e percussão). A apresentação integra o projeto Experiências Poéticas Inusitadas. Às 19h30, área de convivência. Grátis.

O projeto rolou nas últimas semanas, sempre às quintas-feiras.



terça-feira, setembro 20, 2011

NESTA QUINTA: CANÇÕES DE NÓS MESMOS NO LONDRIX

OS MENSAGEIROS (Sylvia Plath / tradução Rodrigo Garcia Lopes e Cristina Macedo)

OS MENSAGEIROS

 

Palavra de lesma em prato de folha?
Não é minha. Não a aceite.

Ácido acético em lata selada?
Não o aceite. Não é genuíno.
 
Anel de ouro e nele o sol?
Mentiras. Mentiras e uma dor.
 
Geada numa folha, o imaculado
Caldeirão, estalando e falando
 
Sozinho no topo de cada um
Dos nove Alpes negros,
 
Um distúrbio nos espelhos,
O mar estilhaçando seu cinza ---
 
Amor, amor, minha estação.




SYLVIA PLATH
Tradução: Rodrigo Garcia Lopes e Cristina Macedo
Em Ariel (Verus, 2007)

sexta-feira, setembro 16, 2011

BIOTÔNICO

É o programa que o poeta Celso Borges faz com o grande Zeca Baleiro e Otávio Rodrigues na Uol. Na edição 37, a voz lírica de Zezé Gonzaga, Thomas Mapfumo e o swing do Zimbabwe, poesia e música com Rodrigo Garcia Lopes (interpretando "O Assinalado", blues post-mortem com Cruz e Souza), Alceu Valença no tempo do alto-falante e da perna de pau

LINK:http://www.radio.uol.com.br/#/programa/biotonico

B I O T Ô N I C O

FARMACÊUTICOS RESPONSÁVEIS
Celso Borges, Otávio Rodrigues e Zeca Baleiro
QUÍMICO
Leonardo Shina
FALE COM NOSSO LABORATÓRIO
radiobiotonico@uol.com.br

quinta-feira, setembro 15, 2011

ERÓTICA DAS SOMBRAS (poema de Visibilia, 2 ed. revista)



Erótica das Sombras


Lendo na contraluz que o tempo alucina
Nas rótulas de ondas que em amarelo artéria barbarizam
Enquanto a boca apressa, sibilina,
entre sons (devorados de sentidos). Içam

o mar vertiginoso e kanjis de nuvens
nos olhos cheios de deus, Sal.
No biombo das montanhas — rugem
No sfumatto mental da fala e do Caos.

Na textura sépia da superfície de sons
Uma face letal lateja e se transmuta
(Estátua de estrondos, trilha de acenos)

Muda e nos sorri. Escuta
os espelhismos cifrados da manhã,
Lábio, na pele da romã.



Rodrigo Garcia Lopes (de Visibilia, editora Lamparina)

terça-feira, setembro 13, 2011

OUT DOORS, POEMS

Pelo terceiro ano, o Festival Literário de Londrina – Londrix realiza uma campanha que espalha poesia pelas ruas da cidade. Nesta terça-feira (13), Londrina amanheceu com vários outdoors - distribuídos em 11 locais diferentes - com textos de Ademir Assunção, Alexandre Horner, Bernardo Pellegrini, Bete Ghisleni, Diego Navarro, Karen Debértolis, Nelson Capucho, Neuzza Pinheiro, Rodrigo Garcia Lopes e também de Paulo Menten (homenageado do Festival em 2011) e Mário José Romagnolli.


sexta-feira, setembro 09, 2011

ANATOMIA DA RIMA, poema inédito de Rodrigo Garcia Lopes

ANATOMIA DA RIMA
 
 
 
Não existem rimas pobres.
Todo som, sim, é artifício
que o tempo atrita e consome.
Vento metafísico, isto 
que nos cobre, palavra
soprando de Provença
ou greta na rocha, resma
de avenca que avança —
repetição na diferença.
Tudo rima com alguma 
coisa, contanto não seja rara
Naja desnuda penumbra
Ou pegue de raspão, toante,
as palavras que instantes antes,
eram caligrafia da fala,
espécie de fada, cabala.
 



RODRIGO GARCIA LOPES
(Poema inédito do livro Estúdio Realidade)

terça-feira, setembro 06, 2011

Cantigas de "Chapeuzinho Vermelho"

CHAPEUZINHO VERMELHO


Uma pérola de nosso cancioneiro "folk", de Braguinha.
CHAPEUZINHO VERMELHO
(Chapeuzinho)
 
Pela estrada fora eu vou bem sozinha
Levar esses doces para a vovozinha
Ela mora longe e o caminho é deserto
E o lobo mau passeia aqui por perto
Mas à tardinha, ao sol poente
Junto à mamãezinha dormirei contente
 
...


(Lobo Mau)
 
Eu sou o lobo mau, lobo mau, lobo mau
Eu pego as criancinhas pra fazer mingau
Hoje estou contente, vai haver festança
Tenho um bom petisco para encher a minha pança
 
...


(Caçadores)
 
Nós somos os caçadores e nada nos amedronta
Damos mil tiros por dia, matamos feras sem conta
Varamos toda floresta, por mares e serranias
Caçamos onça pintada, pacas, tatus e cotias
 
...


(Chapeuzinho)
 
O lobo mau já morreu, agora estamos em festa
Posso brincar com as crianças
E passear na floresta



BRAGUINHA