domingo, junho 05, 2011

UM POEMA DE NÔMADA





O mistério do ser, quem decifrou
seus trinta olhos que oscilam no ventre
do saguão em chamas do humano, a queda,
gritos escombros.

Se um círculo se faz de sensações
em outro ele se fecha.
Mundo, poeira de carne.

Então sou eu essa sombra que conversa,
sob a adaga sinistra da noite
sobre a dor do amor e a consciência de si,
o ponto zero de nós.



Rodrigo Garcia Lopes (Nômada, editora Lamparina, 2004)

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