Neblina e montanha transam na manhã de chuva.
Mata espessa se adensa, ciprestes, alvos agora
Dos afetos kabuki da fumaça. A montanha respira, quase
some, sem
coragem de sugar o incorpóreo de uma só vez.
Manchas de silêncio.
O mar, perto,
permanece à margem
Como um sonho que não conseguimos lembrar
enquanto
o corpo se inquieta
com o ainda-não da mente
— Escultura cinética. O olho
olha, atento, ao que acontece aqui,
entre escrito, neblina e montanha, neste momento.
rodrigo garcia lopes - polivox - 2001
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