sexta-feira, novembro 07, 2008

OS POEGIFS DE MACELO SAHEA

Takes do poema "Cigarra", poegif de Marcelo Sahea.

O Ademir Assunção deu um toque no Espelunca sobre os poemas visuais (ou poegifs) que o Marcelo Sahea vem fazendo e que ele mandou para cerca de 150 amigos felizardos. Fui dar uma olhada e realmente são muito bons: fazia tempo que não via poesia visual que não fosse apenas uma amostra "nerd" de domínio de técnica, diluição dos concretos e pós-concretos como Arnaldo Antunes, ou mero trocadalho do carilho com recurso visual (a quem nem mesmo Augusto de Campos está imune). Mas, sobretudo, continuo achando que está faltando na poesia hoje , como lembrou bem o Ademir, é o dizer, a qualidade do que é dito. Não podemos nos esquecer, como disse-me o Piva uma vez (ou terá sido o Luiz Dolhnikoff?) que "tecnologia de ponta é o caralho". O risco deste tipo de poesia (tão antiga na verdade, quanto a própria poesia) é grande. Mas o risco é fascinante, ainda mais quando se fala tanto em possibilidades abertas pela internet. E num poema visual a informação tem que ser precisa, direta, e o ver e o ler imbricados num jogo de dupla leitura. Um convite para ler e olhar poesia Isso os poemas mais acabados de Sahea conseguem. Estão todos no link abaixo, pra quem quiser conferir:
http://www.sahea.net/imgblog/poegif/index.html

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