da periferia de São Paulo.
Revista COYOTE lança novo número, tendo como destaques um dossiê com a escritora Márcia Denser, ensaio de Michel Houllebecq, fotos de Iatã Cannabrava, a poesia de Joca Reiners Terron e traduções de Wyslawa Szymborska, Paul Éluard e Jack Kerouac
"Pode haver derrota mais execrável do que quando se é corroído por dentro pelas secreções ácidas da sensibilidade até que perdemos nossa silhueta, dissolvidos, liquefeitos? Ou quando a mesma coisa acontece na sociedade em nossa volta, e mudamos nosso próprio estilo para ficarmos parecidos com ela?". Yukio Mishima sintetiza, no editorial do número 18 da revista editada em Londrina (PR), o espírito de revolução permanente de nossas sensibilidades e da nova edição da Coyote. A revista é patrocinada pelo PROMIC (Programa Municipal de Incentivo à Cultura) da cidade de Londrina.
Coyote 18 resgata o talento e a lucidez furiosa da escritora Márcia Denser. Como escreve Ademir Assunção na apresentação do dossiê: “Prosa densa, labiríntica, poética [...]. A cada livro, seu texto (e, principalmente, o subtexto) vem funcionando como uma broca de prospecção, cavoucando cada vez mais fundo os conflitos humanos”.
A prosa brasileira está representada também na edição pelo cearense Pedro Salgueiro e pelo pernambucano Alberto Lins Caldas. Já a poesia contemporânea exibe sua riqueza e variedade nos poemas de Joca Reiners Terron, Beatriz Bajo, Celso Borges e Zhô Bertholini.
A revista apresenta ainda a poesia da polonesa Wislawa Szymborska (traduzida por Regina Przybycien), prêmio Nobel de 1996, e incrivelmente ainda inédita em livro no Brasil, bem como um conjunto de poemas de um dos fundadores do movimento surrealista, Paul Éluard (traduzido por Eclair Antonio de Almeida) e, pela primeira vez no Brasil, haikus de Jack Kerouac (em tradução de Rodrigo Garcia Lopes). O próprio escritor norte-americano assim se referia aos haikus: “Acima de tudo, um haiku deve ser bem simples e livre de qualquer truque poético e pintar um quadro e ainda assim ser tão leve como o ar, gracioso como uma Pastorella de Vivaldi”.
O escritor francês Michel Houllebecq marca presença em ensaio poético “Manter-se Vivo: Méthodo”, traduzido por Sandra Stroparo, em que afirma: “Nas feridas que ela nos inflige, a vida se alterna entre o brutal e o insidioso. Conheça essas duas formas. Pratique-as. Adquira um conhecimento completo. Distinga o que as separa e o que as une. Muitas contradições, então, serão resolvidas. Sua palavra ganhará em força e em amplitude”.
O fotógrafo Iatã Cannabrava assina a capa e o ensaio fotográfico da edição, “Uma Outra Cidade”, com imagens da periferia de São Paulo. O número fecha com o cartum de Paulo Stocker para o “Movimento Contra Malhação de Judas”.
Em seus seis anos de atividade, Coyote prossegue abrindo espaço para novos autores, resgatando e apresentando nomes importantes das letras e das artes, de épocas e lugares diferentes, instigando a reflexão e a criação literária.
COYOTE é editada pelos poetas Ademir Assunção, Marcos Losnak e Rodrigo Garcia Lopes. Projeto gráfico de Marcos Losnak. Tem periodicidade trimestral e distribuição nacional (em livrarias) pela Editora Iluminuras.
COYOTE 18 // Primavera de 2008 // 52 páginas // R$ 10,00
Uma publicação da Kan Editora.
ONDE ENCONTRAR A COYOTE?
Vendas em livrarias de todo o país pela Editora Iluminuras – fone (11) 3031-6161 (site: http://www.iluminuras.com.br/v1/)
Pode ser adquirida também na internet pelo Sebo na Bac:
http://www.sebodobac.com/
Vendas em livrarias de todo o país pela Editora Iluminuras – fone (11) 3031-6161 (site: http://www.iluminuras.com.br/v1/)
Pode ser adquirida também na internet pelo Sebo na Bac:
http://www.sebodobac.com/
PATROCÍNIO: PROMIC - PROGRAMA MUNICIPAL DE INCENTIVO À CULTURA – SECRETARIA MUNICIPAL DE CULTURA DE LONDRINA (PR)
Nenhum comentário:
Postar um comentário