Tô dizendo que setembro tá brabo. E agora acabo de saber que o grande músico, baterista dos bãos, Gigante Brazil morreu hoje, na Vila Madalena (Sampa) de parada cardíaca, aos 56 anos. Morreu dormindo. Quem viu a fera tocar como eu vi, (fazendo backing vocals louquíssimos e jogando pratos da batera pra cima, em vários shows do Itamar Assumpção, onde era sempre um destaque) sabe do que o Jorge Luiz de Souza (seu nome verdadeiro) era capaz de fazer em cena. Ele começou na carreira musical em 1969, fundando as bandas Sindicato e Gang 90. Gigante tocou também com Caetano Veloso, Gilberto Gil e na lendária banda Isca de Polícia, (que ele formou com Itamar), mais Jorge Mautner (que ele acompanhou nos anos 70), outros artistas tiveram o privilégio de contar com um mestre na bateria, como Marisa Monte, Ceumar, Suzana Salles, Anelis Assumpção, Mônica Salmaso, Ná Ozzeti. Há dois anos lançou seu primeiro disco, Música Preta Branca etc. Seu último show foi na quinta passada, acompanhando o Celso Sim. Gigante Gigante. A música brasileira com certeza fica mais triste.
3 comentários:
Eu, definitivamente, não presto pra perder gente.
O Gigante esteve conosco em 2005, acompanhando a Ceumar (e fazendo seu espetáculo junto e à parte, vale dizer), no Projeto Pixinguinha.
(Ceumar que acaba de me lembrar, por correio eletrônico, que o Cassiano - da dupla caipira Zè Mulato e Cassiano - o chamava de ´Vossa Gigantíssima´, demonstrando o carinho que todos nós, incluindo aí o Armazèm Abaporu, tínhamos por ele)
Um cara suuuuper, de uma delicadeza ímpar comigo, sempre um músico fantástico em todos os nossos momentos. Já sentia saudade por esta ´morte´ que nós, idiotas, nos impomos a cada um de nós pelo
afastamento que permitimos das pessoas queridas. Agora, a
obviedade de não poder mesmo encontrá-lo novamente, cutucar aquele cabelão, receber o sorriso gostoso e acolhedor, e ouvi-lo jogar um prato, na nota, ao final de ´Rãzinha Blues´, só me deixa mais triste e, mais que isso, emputiadinha desta vida que acaba em morte e que minha cabecinha pequena e egoísta não conseguiu nunca admitir como destino certo de todos nós.
Um beijo pra ele,
Nana.
Dói muito prá nós músicos a perda do Gigante Brazil, que conheci ao lado de Itamar Assumpção, no início dos anos 80. Fantástico até ontem, como baterista.
O consolo é saber que quando chegar a nossa vez de ir, poderemos assistir alguns shows do Itamar, acompanhado do Gigante.
Fiz um tópico sobre ele, no meu blog DUSBONS.
O Giga era meu amigo de quase 20 anos, altos papos, risadas mil, tiradas sem fim, apelidos pra todos (o meu era D. Márcia, dizia que era por respeito). Tocava com os gêmeos rubens (meu companheiro) e beto nardo (vocalistas do tutti-frutti), eu era uma das letristas da band'ou e gigante brasil (bandou_xpg_com_br).
uma tristeza imensa, uma perda enorme. um baterista ímpar. viva Giga!!
Márcia de Albuquerque
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