Canções
do Estúdio Realidade é um disco maravilhoso, que escutei nas estradas da
Paraíba, a caminho do sertão e me deu muita alegria e sensações variadas.
CHICO
CÉSAR, músico e compositor
Refinar
o pop a partir da experiência literária não é um sonho novo. Rodrigo Garcia
Lopes faz curioso percurso em seu segundo disco. Aqui, se dá o inverso: é a
leveza do pop que impulsiona uma trama poética sutil [...] Uma natural
familiaridade costura as harmonias do poeta, que nos leva, pelo som, a um
território antigo e novo ao mesmo tempo.
JOTABÊ
MEDEIROS, crítico de música, O Estado de S. Paulo
Em
12 faixas com letras de veio poético, o artista tece uma ode à canção com
arranjos melodiosos e que tomam forma híbrida de jazz e MPB, acentuada pela
formação da banda, que tem baixo acústico, piano, bateria e violão. [...]
Garcia Lopes também foi próximo de Paulo Leminski (1944-1989), outro que
desarranjou as fronteiras entre música e poesia, e de quem musicou versos.
RODRIGO
LEVINO, Folha de São Paulo.
Tendo
a palavra como base, o compositor e poeta se lança em trilhas sonoras
ambiciosas e variadas -- por jazz, funk, afoxé -- sempre valorizando as
harmonias. O resultado oscila entre canções exatas e (bons) poemas.
LEONARDO
LICHOTE, crítico de música, O Globo.
Doze
anos depois da estreia em disco, o paranaense Rodrigo Garcia Lopes volta a lançar
um álbum musical. No ótimo Canções do Estúdio Realidade, o poeta,
compositor e tradutor visita a canção popular com desenvoltura, explorando as
características específicas do gênero sem cair na armadilha de fazer mera
poesia musicada.
ROGER
LERINA, crítico de música, Zero Hora.
Rodrigo
Garcia Lopes, autor de Polivox, é mesmo um cara de muitas vozes. Vozes dele,
vozes de outros. Não é toda a hora que se encontra gente múltipla assim, que
escreve poesia e ensaios, faz entrevistas, toca violão, compõe, canta...Tudo
bem feito, claro. Para o público em geral, ávido de cultura, uma
personalidade criativa e livre dessas por perto, nesta época de especializações,
de nichos de mercado, de repetições e limitações, é motivo para comemorar.
VITOR
RAMIL, músico, cantor, compositor e escritor.
Grande
esmero, produção caprichada mesmo. Prestei atenção em tudo, com um destaque
especial às linhas de baixo, voz e a equalização das vozes, mixagem, os
arranjos...tudo muito bem feito. Parabéns. Muito interessante pra mim ouvir um
disco bem diferente do que faço, mas igualmente trabalhado e ambicioso. Fiquei
contente de conhecer seu trabalho musical. Aliás, todos os instrumentos soam
bem. Parabéns mesmo, e sabe, adorei a sua versão pra música Nobody does it
better. Não só o arranjo é ótimo, como a sua voz soa deliciosa.
MARINA
LIMA, cantora e compositora.
Lírico,
moderno, cinematográfico e com um "livrinho" que faz jus ao disco.
Muito bom! Arrojado, cheio de experiências com versos e com maneiras de dizer.
Também gostei dos arranjos, bastante adequados ao projeto. Uma bela exploração
sinestésica da realidade.
LUIZ
TATIT, músico, compositor e teórico de música brasileira.
Abrir
o disco Canções do Estúdio Realidade é empreender uma viagem ao um bom
tempo da música. Um tempo que resiste na memória e no coração de uma bela
canção. Entrar no estúdio realidade é como entrar num livro, num bom livro.
LUIZ
CLAUDIO OLIVEIRA, crítico de música, Gazeta do Povo.
Em
Canções do Estúdio Realidade não há duas faixas parecidas, com Rodrigo
demonstrando uma tremenda versatilidade, cantando balada, blues, funk, jazz,
rock, rap e canções de sua autoria com autenticidade. As letras falam da
condição humana (ex, ‘Quaderna’) e da vida no mundo moderno (ex, a sobrecarga
sensorial em ‘New York’). Todas as canções são em português, com exceção
da bela balada ‘Butterfly’, escrita em inglês. [parceria com Neuza Pinheiro].
Sua incrivelmente bela interpretação de ‘Nobody does it Better’ [aqui na sua
própria versão em português, Ninguém Melhor que Ela] é o melhor tratamento
que a composição já recebeu. Seu estilo violonístico e a progressão de
acordes em ‘Quaderna’ traz à mente o violonista Guinga. O funk-rap ‘New York’
evoca a Farofa Carioca. Os arranjos, a maioria de André Siqueira, são
luminosos (ex. ‘Cerejas’). Os músicos são esplêndidos (por exemplo, a
deliciosa introdução de baixo de Gabriel Zara e o solo e acompanhamento
pianístico de Mateus Gonsales em ‘Iluminações [parceria com Bernardo
Pellegrini], só para dar dois exemplos. Tudo combinando com a qualidade do
livro suntuoso de 36 páginas [por Marcos Losnak e Beto] com evocativas fotos
coloridas [por Elisabete Ghisleni]. Rodrigo Garcia Lopes assaltou o Estúdio
Realidade e trouxe para nós tesouros musicais e poéticos”
RANDY
MORSE – produtor norte-americano, em seu site de música brasileira “The Best
of Brazil”
Abertas
as portas do Estúdio Realidade o que logo se descortina é a cena paranaense
de cidades como Londrina e Curitiba, lugares pródigos em poesia e literatura
onde a música popular cada vez mais se faz notar. Quem conhece só o Rodrigo
Garcia Lopes vindo da poesia, da intensa atividade intelectual e editorial, vai
descobri-lo agora cheio de desenvoltura com seu violão em meio às névoas
musicais das óperas de araucárias e arames. São quatro as estações do ano,
quatro as linhas do campo, mas a vida é só uma. Rodrigo quer retomar o
universo e nos levar com ele. Por que não?
VITOR
RAMIL, cantor, músico, compositor e escritor
É
muito difícil a gente decifrar o que pretende um autor quando lança um
trabalho. Apenas podemos conjecturar, intuir, ler nas entrelinhas coisas que
não sabemos de verdade, imaginações. Como o próprio autor, que pensa saber
o que pretende, e a cada vez que se aproxima da obra, descobre essa vertigem
(traduzida por uma supressão da qualidade crítica tão fundamental para um
criador, a severidade de julgamento) que o faz oscilar acompanhando os
movimentos daquilo que não sabemos, mas fizemos. Então falamos de coisas
técnicas, da fluidez dos arranjos, da elegância da interpretação, da
competência instrumental, e logo vamos nos perdendo nos adjetivos. Este CD de
Rodrigo Garcia Lopes, que carrega o sinuoso título de Canções do Estúdio
Realidade, lembra sonhos de juventude, quimeras de uma possível aproximação
com a poesia, com a divindade, com o vinho da existência, com a uva da
metáfora sufi, a fonte. Como diria um zen budista: a imersão na realidade.
Que coisa mais bem feita!
ARRIGO
BARNABÉ, compositor e músico
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