quinta-feira, junho 30, 2011

COYOTE 22 NA GAZETA DO POVO DE HOJE

Caderno G Quinta-feira, 30/06/2011


Reprodução / A capa é de autoria do fotógrafo amazonense Rodrigo Braga 
O poeta e jornalista Rodrigo Garcia Lopes, um dos editores da revista Coyote faz questão de dizer : “Prezamos antes de tudo a qualidade do texto publicado”
Jornalismo cultural

Prosa, poesia, fotografia e arte

Coyote, publicação especializada em literatura produzida em Londrina, chega ao número 22 e completa dez anos em 2012
Publicado em 30/06/2011 | Yuri Al’Hanati 

       A um ano de completar uma década de existência, a revista literária Coyote chega ao número 22. A publicação, produzida com o apoio do Programa Municipal de Incentivo à Cultura (Promic) de Londrina, tem como responsáveis os jornalistas, poetas e escritores Marcos Losnak, Ademir Assunção e Rodrigo Garcia Lopes, e se destina a publicar material inédito de escritores consagrados e estreantes.
A nova edição conta com textos de escritores expressivos, como Italo Calvino, Veronica Stigger e Torquato Neto, entre outros. Mas também inclui produções inéditas do londrinense radicado em Curitiba Ygor Raduy, do catarinense Vinícius Alves e do paulista Josias Abdalla Duarte, autores ainda não conhecidos do grande público. “Não damos nenhuma predileção por autor. Prezamos antes de tudo a qualidade do texto publicado”, garante Rodrigo Garcia Lopes.
      Outros diferenciais da revista apontados por ele incluem a sessão “Dossiê”, que traz uma grande entrevista com algum artista – no caso, o poeta belo-horizontino Geraldo Carneiro – e um cartum, publicado na contracapa, assinado pelo arte-finalista Beto, responsável, com Losnak, pela parte gráfica da revista. “Há também uma preocupação em divulgar o trabalgho de fotógrafos brasileiros. Sempre escolhemos uma foto para a imagem da capa, e outras fotos no interior da revista dão continuidade à proposta”, diz Lopes, sobre a capa assinada pelo amazonense Rodrigo Braga.
      Editor da revista junto com Assunção e Losnak, Lopes conta que o processo de seleção dos textos é rigoroso: “Nós três discutimos longamente quais serão publicados, e temos o cuidado de abranger uma variedade literária considerável em cada edição. Sei de editoras que leem a revista como um termômetro do que está sendo produzido. Por isso, nos sentimos na responsabilidade de publicar o que encontramos de melhor”.
       Além dos originais que chegam todos os dias pelo e-mail da revista, amigos e “curadores literários” indicam textos de escritores estrangeiros para serem traduzidos. “Já publicamos poemas de mulheres beduínas do Oriente Médio traduzidas pelo [escritor] Alberto Mussa. Da América Latina, já publicamos escritores de todos os países. Com isso, fazemos um diálogo com a literatura do mundo todo por meio da tradução.”
         Lopes, que fará um lançamento do novo número da revista junto com um pocket show na próxima terça feira no Wonka Bar, diz que a Coyote precisa resolver algumas questões de ordem logística para atingir um público maior: “Temos hoje uma tiragem de mil exemplares, sendo que já publicamos com o dobro. A [editora] Iluminuras distribui parte das edições em São Paulo e a gente se encarrega de fazê-la circular pelo sul do país, mas o fato de ainda não termos um site que disponibilize os textos anteriormente publicados faz com que os leitores sejam restritos à edição de papel. Fazer um site e aumentar a tiragem são duas prioridades da revista agora”.
Serviço
Revista Coyote (nº 22), 52 págs., R$ 5 (Londrina) e R$ 10 (demais localidades).

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