"Storm the Reality Studio, and retake the universe" ("Assaltem o Estúdio Realidade, e retomem o universo") WILLIAM S. BURROUGHS
quarta-feira, agosto 25, 2010
ALÉM - poema de LAURA RIDING - trad. Rodrigo Garcia Lopes)
ALÉM
Dor é impossível de se descrever
Dor é a impossibilidade de descrever
Descrever o que não é possível descrever
O que deve ser coisa além do descrito
Além do descrito para não se descrever
Além do conhecido mas não mistério
Não mistério mas dor não claro mas dor
Mas dor além mas aqui além
LAURA RIDING
Dor é impossível de se descrever
Dor é a impossibilidade de descrever
Descrever o que não é possível descrever
O que deve ser coisa além do descrito
Além do descrito para não se descrever
Além do conhecido mas não mistério
Não mistério mas dor não claro mas dor
Mas dor além mas aqui além
LAURA RIDING
terça-feira, agosto 24, 2010
NENHUMA TERRA AINDA - POEMA DE LAURA RIDING - trad. rodrigo garcia lopes)
NENHUMA TERRA AINDA
Mar demorado, como é fugaz,
De aguidéia a aguidéia
Tão rápida em sentir surpresa e vergonha.
Onde momentos não são tempo
Mas tempo são momentos.
Tanto nem sim nem não,
Tanto único amor, ter o amanhã
Por um fracasso inevitável de agora e já.
Deitados na água barcos e homens fortes,
Mestres em fraqueza, partem para algum lugar:
O mais poderoso dorminhoco em sua cama
É incapaz de conhecer lugares nobres assim.
Então a fé embarcou na terra do marinheiro
Em busca de absurdos em nome do céu –
Descobrimento, uma fonte sem fonte,
Lenda de neblina e paciência perdida.
O corpo nadando em si mesmo
É o querido da dissolução.
Com gotejante boca diz uma verdade
Que não pode mentir, em palavras ainda não nascidas
Da primeira imortalidade,
Onissábia impermanência.
E o olho empoeirado cujas agudezas
Tornam-se aguadas na mente
Onde ondas de probabilidade
Escrevem a visão com letra de maré
Que só o tempo pode ler.
E a terra seca ainda não,
Salvação e solidão absolutas –
Ostentando sua constância
Como uma ilha sem água ao redor
Numa água sem terra alguma.
LAURA RIDING
domingo, agosto 22, 2010
William Blake lê seu poema "LONDON"
I wander thro' each charter'd street,
Near where the charter'd Thames does flow,
And mark in every face I meet
Marks of weakness, marks of woe.
In every cry of every Man,
In every Infant's cry of fear,
In every voice, in every ban,
The mind-forg'd manacles I hear.
How the Chimney-sweeper's cry
Every black'ning Church appalls;
And the hapless Soldier's sigh
Runs in blood down Palace walls.
But most thro' midnight streets I hear
How the youthful Harlot's curse
Blasts the new born Infant's tear,
And blights with plagues the Marriage hearse.
WILLIAM BLAKE
sábado, agosto 21, 2010
quinta-feira, agosto 19, 2010
quarta-feira, agosto 18, 2010
quarta-feira, agosto 11, 2010
terça-feira, agosto 10, 2010
POEMA (William Carlos Williams - Tradução: Rodrigo Garcia Lopes)
POEM
as the cat
climbed over
the top of
the jamcloset
first the right
forefoot
carefully
then the hind
stepped down
into the pit of
the empty
flower pot
POEMA
assim que o
gato
trepou no
topo
do armário
de compotas
primeiro a
pata
da frente
cauteloso
depois a de
trás
desceu
no fundo do
vaso de flores
vazio
POEM
as the cat
climbed over
the top of
the jamcloset
first the right
forefoot
carefully
then the hind
stepped down
into the pit of
the empty
flower pot
domingo, agosto 08, 2010
sexta-feira, agosto 06, 2010
terça-feira, agosto 03, 2010
DORIVAL WELLS
Dica de meu amigo Bernardo. A bela música de Caimmy com imagens de Orson Welles.
Que parceria!
PENSATA DO DIA
"Há duas maneiras de se viver: você pode viver como se nada fosse um milagre; você pode viver como se tudo fosse um milagre.
Albert Einstein
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