De leve, neste banhado em abril,
a paisagem nos descreve
arroios são rios
de planície
parecem não se mover
distância aquarelada
contornos adensando
enquanto chuva arrefece
pago arenoso do agora
faces, não-superfícies
o sabiá afia seu bico
no arame farpado
pensando
precisa descer
de seu altar de vento
precisa caminhar
na relva revelada
Rio Grande (2002)
ResponderExcluirprecisa descer de seu altar de vento
precisa caminhar na relva revelada
quando li esse poema no Nômada, fiquei encantada com esse final...
adoro esse poema! bem, adoro o livro!
beijos, rodrigo